PARALLAX
PARALLAX
"Papá, gostava de um dia ser Presidente da República. Papá, achas que um Presidente da República pode nascer num bairro?"
Amélia, uma velha interpretada por uma jovem, conta-nos episódios da sua vida, reclamando domínio não só sobre a sua própria biografia, mas também sobre a sua vivência e intimidade.
Amélia posiciona-se assim em três lugares distintos: o da história, onde a sua memória é evocada; o da personificação, onde encarna corpos daqueles com quem se cruzou; e o do pensamento-íntimo-disconexo-não filtrado, onde o processo do inconsciente se poetiza e sublima.
Ouvimos, através das mãos desta mulher, a crueza da vida: seja ao retratar o seu encontro com uma artista ou com um político, seja ao retratar a vida como um jogo de monopólio, seja ao evocar um jantar com uma ausência ao som de Roberto Carlos.
A narrativa de "Parallax" assenta numa ficção criada a partir de histórias ouvidas ao longo de meses nos territórios do bairro da Pasteleira, Porto, e, como nos diz Amélia,
"A visão está aqui e a memória aqui. E eu já não sei o que vi ou o que é inventado."
75 min., M/14
Criação, Texto e Conceção do Espaço Cénico: Inês Garrido
Interpretação: Maria Luís Cardoso (Malu Vilas Boas)
Videografia: Miguel F
Música Original: João Grilo
Desenho e Operação de Luz: Diogo Mendes
Produção Executiva: Rosa Lopes Dias
Assessoria de Imprensa: Mafalda Simões
Design: José Teixeira
Website: Paula Garrido
Operação de Som: Filipe Louro
Registo Vídeo: Mário Jerónimo Negrão
Apoio à Criação: Rafael Jorge
Apoio ao Guarda-roupa: André Loubet
Olhar Exterior: Regina Guimarães
Produção: Ermo do Caos
Coprodução: Cultura Em Expansão / Câmara Municipal do Porto
Apoio: Fundação GDA
Parceiro Institucional: República Portuguesa - Ministério da Cultura
Outros parceiros: Antena 2